terça-feira, 24 de junho de 2014

O fim do despertar da primavera.

A poesia ecoa, ti rasga e reconstrói, mesmo limpa e cristalina, jogará você na lama dos sentidos. Não procure explicação, respostas são sempre vãs, coração de poeta sempre cai virado pro chão.

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O fim do Despertar da primavera.
MORITZ- Sozinho, de novo. (põe as mãos nos bolsos do paletó. Acha um papel
dobrado, uma página de livro arrancada). "A Lua cobre o rosto. E depois tira de
novo o véu. Mas nem por isso parece ter alguma coisa a dizer. Vou voltar para o
meu lugar. Endireitar a cruz que o louco idiota derrubou brutalmente. E quando
estiver tudo arrumado, eu me deito outra vez de costas, me aqueço ao calor da
minha putrefação. E sorrio".
BLECAUTE.

de Frank Wedekind
Tradução: Sheila Ewert
Adaptação: Zé Henrique de Paula

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